quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Segundos

Tudo pode acabar em um segundo. Tudo. É o tempo que dura o amor. Um segundo infinito, ou não.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Escrever

É escrevendo mais que se aprende a escrever, porém, o fato de escrever mais não significa que você começará a escrever melhor. Escrever não progressivo, que melhora com o passar dos anos. Se isso fosse verdade o último livro do escritor Gabriel García Márquez seria melhor que Cem anos de Solidão. O que é praticamente impossível. Ninguém diz que escrever é uma arte ingrata. Mas é.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Escritos e escritores

Tem algo na poesia que pode levar um homem ao abismo, disse Bukowski. Ele estava certo, todo escritor sonha em não ser escritor, por que não ser engenheiro, médico, motorista de táxi? Qualque coisa seria melhor. Ninguém pede para ser escritor, é como um cancêr, está fora das nossas decisões. Escritores não sonham em escrever, porém, essas palavras que escrevo, me mantém longe da loucura total, não é Buk?

sábado, 3 de outubro de 2009

Mundos

Sabe como nascem os mundo? Eles nascem do caos, da espuma das explosões. A vida que vem da morte e morre outra vez. Os mundo nascem complexos, criam o tempo, o espaço, eles não tem destino, ou vontade, não significam nada, como a vida, para Shakespeare. Dos mundo o tempo avança, tão solitário quanto viagens alucinógenas e beijos na chuva.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cidade

Uma cidade cada vez mais caótica, engarrafamentos infinitos sob prédios babélicos. Ruas que não param de transitar carros, para onde todos eles vão? Todos tem que chegar cedo a algum lugar, mas sempre estarão atrasados, uma cidade muito grande para vidas tão pequenas. Vender a alma e pagar seus pecados no domingo. Todos querendo encontrar salvação, mas no fim, só as bailarinas vão para o céu.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sonhor

Em um sonho Hare Krishna, sem começo, meio e fim, ou meio, fim e começo, no meio de uma explosão de bombas de silício, sob uma árvore edênica no mar de cazemira. Olhei nas cinco direções e não achei na sexta, quando uma onda de trezentos megahertz de altura mergulhou no relógio da parede de Londres. Tentei ler os algarismos em sânscrito, mas a resposta era algo em torno de dois. Atravessei a rua e cheguei na Dinamarca, calor de cinquenta graus, derreteu o chão e cai na toca do coelho, só que o coelho tinha sido devorado por um lobo subnutrido do terceiro mundo. O lobo sorriu e disse que alguém devia estar errado, perguntei quem, ele disse alguém e saiu correndo atrás de soldados em forma de cartas de baralho. O dia ficou frio e a noite também, dormi e acordei e acordei. Tentei voltar para aquele sonho, só que entrei em um outro com templários de cabelo Woodstock e barbas postiças e óculos sem lentes, mas nesse você também não estava lá. Por mais que procure você nunca está.

últimos dias

Não postei esses dias, mas eu não me importo.

sábado, 26 de setembro de 2009

Poor Pierrot

Qual o caminho que nós entramos para deixar de sermos nós mesmos e nos tornarmos o que não queriamos? Poor Pierrot. Algum lugar que jogamos as malas pela janela sem olhar o que tem dentro, sem olhar que somos nós que estamos dentro. Poor Pierrot. Poucas coisas sobraram para se acreditar, sem ideologias, idéias, sonhos, tudo foi soterrado pelos paredes do tempo. Quando perguntam em que acredito, não respondo. Acredito na beleza das mulheres por quem me apaixonei e pelas quais sou esquecido. Poor Pierrot.
Um brinde à solidão dos escritores malditos.
Amém.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Do título

Talvez o título do blog tenha sido um pouco precipitado, pensei em um melhor, Back from hell, se o blog fosse criado hoje colocaria esse nome, tem alguma coisa de Blake e sua Jerusalém, mas agora é tarde demais, como sempre é. Além de que Notas para o esquecimento não é ruim, é até um pouco irônico, são notas para esquecer que ficarão para sempre escritas, como o passado que não pode ser apagado. Quando aperto o botão publicar não tem mais volta, está feito, está esquecido.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Do blog

Passei a noite pensando em uma razão que explicasse racionalmente a criação deste blog. Não encontrei uma resposta, porém, encontrei uma pergunta que não traz uma razão, mas um sentido. O que resta ao escritor quando ele publica um livro e vende zero exemplares?

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Primeira postagem

É quase meia-noite, e esta é a primeira postagem nesse blog esquecido. Escritores são seres noturnos e soturnos, pensando ser visionários e profetas. O que é escrito a noite é difuso, alguém tem que perder o sono para o resto do mundo poder dormir. Não queria o primeiro post muito otimista, afinal, quem falou que a vida não é uma merda?

Uma boa noite pra você.