sábado, 9 de outubro de 2010

Cortázar e o tempo


Série de artigos: Cortázar e o tempo
Parte I


Estou lendo o livro "Conversas com cortazar" e em um momento o escritor apresenta uma idéia que achei muito interessante, questionado sobre o recorrente tema do tempo em sua obra, ele cita um fato que ocorreu recentemente. Estava Cortázar viajando de metrô, quando começou a se lembrar de uma viagem que havia feito muitos anos atrás com um grande amigo, recordou a viagem, as conversas que teve com o amigo, as sensações de viver no meio da floresta, pensou inúmeras coisas, até ser despertado ao mundo real e perceber que todas essas lembranças, que se pensados normalmente levariam meia hora para uma abordagem completa, tinha ocorrido entre a viagem de duas estações, não mais que dois minutos. Ele se pergunta como será possível pensar tantas coisas em um tempo tão curto? E formula outra questão, seria possível controlar esse tempo alterado concientemente? Já que sempre que essa alteração ocorre estamos distraídos/inconscientes.
Controlar esse efeito de tempo é o sonho de qualquer escritor, já que minutos poderiam ser muitiplicado para horas e o problema do tempo que muitas vezes é curto para pensarmos nossos escritos estaria resolvido. Poderiamos pensar em um capítulo inteiro de um livro, o que pode levar dias, em poucos minutos. Como um dia de 48 horas. Não tenho muitas informações psicológicas sobre o assunto, também penso que isso possa ter alguma relação com a meditação. Quem tiver mais informações sobre o assunto, sinta-se a vontade em comentar. Por hoje é só, é, apenas, um post para refletir.

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